Praças de Fortaleza viram polos gastronômicos e impulsionam pequenos negócios; veja opções

  • 21/12/2025
(Foto: Reprodução)
Praças de Fortaleza viram polos gastronômicos e impulsionam pequenos negócios A revitalização de praças em Fortaleza tem transformado os espaços públicos em áreas de comércio, principalmente no setor gastronômico. Locais antes usados apenas para lazer agora concentram barracas, quiosques e food trucks que movimentam a economia e atraem moradores de diferentes bairros. A Praça Argentina, da Cidade 2000, do Polar, entre outras, são exemplos de espaços que registram a presença cada vez maior de pequenos negócios e um aumento no fluxo de frequentadores nos últimos anos. Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp Especialistas apontam que a oferta de serviços nessas áreas pode contribuir para ampliar o uso das praças, especialmente em horários de menor circulação. Eles destacam que o comércio, quando planejado e equilibrado, ajuda a dinamizar o espaço público. Além do impacto econômico, essa presença fortalece a convivência comunitária. As praças se tornam locais de encontro, ponto de referência para moradores e opção de lazer próxima de casa. Barracas, quiosques e food trucks atraem moradores e movimentam a economia local. Ismael Soares/SVM ⛲ Esta é a quarta reportagem da série “Praças para todos”, publicada pelo g1 em celebração aos 300 anos de Fortaleza, que serão completados em 2026. LEIA TAMBÉM: Conheça a história de Fortaleza por meio das praças Como Fortaleza planeja e cuida dos espaços públicos Praças estimulam convivência, saúde e esporte em Fortaleza O papel do comércio no uso das praças Especialistas apontam que o comércio planejado ajuda a ampliar o uso das praças, inclusive em horários de menor circulação. Ismael Soares/SVM Para Newton Becker, professor do Instituto de Arquitetura, Urbanismo e Design da UFC, e Julia Miyasaki, doutoranda na mesma área, a presença de atividades comerciais nas praças é positiva, desde que feita de maneira equilibrada e respeitando o caráter público desses espaços. “O comércio foi indutor das praças e é bem-vindo para o seu uso em horários noturnos, por exemplo, quando, no nosso contexto, o clima é mais ameno e as pessoas têm o tempo do convívio para além da escala do domicílio. Mesmo com a dinâmica atual de relacionar praças ao lazer ativo, o comércio precisa ser dosado como parte essencial de suporte aos bons hábitos urbanos, além do potencial de fomentar a economia local”, destacam os professores. Um levantamento das Secretarias Regionais indica que ao menos 17 praças de Fortaleza possuem autorização para a venda de alimentos e são consideradas polos gastronômicos. Segundo a Prefeitura, os dados são parciais e não incluem todas as praças onde há comércio de comidas e bebidas. Na prática, o número real pode ser ainda maior. Veja quais praças são consideradas polos gastronômicos. Louise Dutra/SVM Pedro Silva, articulador do Sebrae/CE, afirma que o mercado tem se expandido rapidamente. “Nos últimos anos, percebemos um crescimento expressivo do empreendedorismo em praças, orlas, mercados e outros espaços públicos de Fortaleza. Esse movimento reflete tanto a criatividade do pequeno empreendedor quanto o potencial desses locais para gerar renda”, destaca. Ele acrescenta que o movimento tem impacto direto no desenvolvimento dos bairros. “Esse crescimento é positivo porque aproxima o empreendedor das pessoas, ativa a economia local e faz com que o dinheiro circule no próprio território. Quando bem-organizado, transforma o espaço público em ambiente de convivência, cultura e oportunidade econômica”, aponta. Uma praça viva, com pequenos negócios organizados, atrai famílias, moradores e turistas. Isso fortalece também o comércio do entorno. Quando o empreendedor cresce, o bairro cresce junto. Sabores que geram renda Empreendimentos gastronômicos acumulam filas nas praças de Fortaleza. Ismael Soares/SVM Arroz branco ou baião, creme de galinha, vatapá, paçoca e outros acompanhamentos compõem o tradicional “pratinho”, comida típica cearense que Linda Nepomuceno vende há 14 anos na Praça da Cidade 2000, um dos polos gastronômicos mais movimentados de Fortaleza. “Na Praça da Cidade 2000, há uma variedade imensa de sabores: pratinhos, churrasco, yakissoba, massas, acarajé e muito mais”, afirma. A empreendedora observa que a diversidade de alimentos fez com que o fluxo de pessoas aumentasse ao longo dos anos. "São muitas pessoas que frequentam a Praça da Cidade 2000. Tem muitas famílias e moradores do bairro, mas também tem pessoas de fora. Vem muitos turistas. Tem gente até de outros países", comenta. Pratinho da Linda faz sucesso na Praça da Cidade 2000 O movimento é semelhante ao da Praça da Argentina, no bairro de Fátima, onde Ina Mendes começou a vender doces há quase dez anos. "Sempre gostei de doces. A pracinha foi meu primeiro local de venda. Foi lá que conheci meus clientes e fiz amizades, podendo assim mostrar meu trabalho", lembra. Segundo a empreendedora, o fluxo constante de pessoas e a conservação do espaço são fatores que fortalecem o negócio. "É de lá que tiro minha fonte principal", afirma. Ina Patisserie é um dos trailers da Praça da Argentina A Praça do Polar, no bairro Vila Velha, também é um ponto de encontro consolidado para famílias e moradores da região. Segundo Leandro Gonçalves, permissionário no local há cerca de dois anos e meio, o espaço vive um crescimento constante no fluxo de visitantes. Por ser uma praça bem ampla e diversificada temos sempre gente nova vindo conhecer. Esse público passa em frente ao trailer e acaba sendo atraído pelo sabor e qualidade dos nossos produtos. No final acaba virando cliente, vem outras vezes, indica pra outras pessoas e pede no delivery também. Para melhorar o funcionamento do espaço, os permissionários mantêm diálogo constante com a Regional 1, que realiza reuniões mensais com representantes dos segmentos e órgãos da Prefeitura. O objetivo é ajustar demandas, pensar melhorias e garantir a boa convivência entre comércio, lazer e comunidade. Praça do Polar é um dos polos gastronômicos de Fortaleza Desafios do setor Apesar do avanço do empreendedorismo em praças e espaços públicos de Fortaleza, alguns obstáculos ainda dificultam a consolidação desses negócios. Segundo Pedro Silva, os problemas identificados são recorrentes em diferentes pontos da cidade. “Observamos desafios semelhantes em todo o estado, mas em Fortaleza alguns aparecem com mais frequência: precificação incorreta, baixa gestão financeira, falta de padronização visual do ponto de venda e necessidade de melhoria no atendimento”, explica. No caso dos empreendedores que trabalham com alimentação, a manipulação segura dos alimentos também é uma preocupação constante. A informalidade e a dificuldade de separar as finanças pessoais das do negócio são outros entraves comuns. “Muitos ainda têm pouca visão sobre como transformar o ponto em um negócio mais profissional”, acrescenta Silva. O Sebrae aponta a capacitação como um dos caminhos para que os empreendedores superem esses obstáculos. Segundo a instituição, quando os trabalhadores têm acesso a orientação técnica e conhecimentos de gestão, conseguem organizar melhor o negócio, corrigir falhas comuns e ampliar as chances de crescimento. Capacitação e apoio aos trabalhadores A Prefeitura oferece cursos gratuitos por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE) e da Vigilância Sanitária, voltados para boas práticas de manipulação de alimentos e gestão de pequenos negócios. O Programa Fortaleza Capacita, realizado em parceria com o Sebrae Ceará, já qualificou dezenas de milhares empreendedores desde 2021. Segundo Pedro Silva, o programa inclui temas como planejamento, precificação, atendimento ao cliente, marketing digital e gestão financeira. “A atuação é sempre focada em fortalecer o empreendedor — seja no mercado, na feira, no quiosque ou na praça — para que ele possa crescer com segurança e sustentabilidade”, complementa. Outra iniciativa é o Meu Bairro Empreendedor, que leva apoio técnico e ações de desenvolvimento econômico a comunidades como Vila Velha, Messejana, Pirambu e José Walter. Esses territórios contam ainda com os Centros de Referência do Empreendedor (CREs), que oferecem atendimento e orientação para quem deseja abrir ou formalizar um negócio. Regras para empreender nas praças Confira as regras para empreender nos espaços públicos de Fortaleza Para atuar nesses espaços, os comerciantes precisam de autorização da Prefeitura de Fortaleza, concedida pelas Secretarias Executivas Regionais. ➡️ Como funciona: Os interessados devem solicitar a permissão na Secretaria Regional da área onde pretendem trabalhar e apresentar cópias do CPF e RG, comprovante de residência atualizado e o formulário de solicitação preenchido, com informações sobre localização exata, dias e horários de funcionamento e descrição dos produtos ou serviços oferecidos. Após o protocolo, o pedido passa por análise e, se aprovado na etapa inicial, é marcada uma vistoria técnica para avaliar as condições do equipamento utilizado. Com a aprovação, é emitido o Termo de Permissão de Uso (TPU), que oficializa a autorização para o exercício da atividade. Para manter o documento válido, o comerciante deve cumprir todas as regras previstas no termo, como manter o local limpo, respeitar os horários autorizados, não obstruir a passagem de pedestres e conservar o equipamento em boas condições. Veja as regras para empreender em praças de Fortaleza. Ismael Soares/SVM Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/12/21/pracas-de-fortaleza-viram-polos-gastronomicos-e-impulsionam-pequenos-negocios-veja-opcoes.ghtml


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