Três homens são baleados em discussão com seguranças e PMs no PS de Rio Branco
20/12/2025
(Foto: Reprodução) Três homens são baleados em discussão com seguranças e PMs em hospital do Acre
Três homens foram baleados durante uma discussão com seguranças e policiais militares no Pronto-Socorro (PS) de Rio Branco na noite desta sexta-feira (19). Leandro Araújo da Silva Souza, Diego Araujo da Silva e Raimundo Felipe da Guellere, que são primos, foram internados na unidade.
Conforme relatos de testemunhas, a confusão ocorreu quando Leandro acompanhava o pai, internado na semi-intensiva do hospital após um acidente vascular cerebral (AVC). A cozinheira Maria Francisca Souza da Silva, esposa de Leandro, disse que o desentendimento começou após um funcionário do PS pedir que ele saísse do local, chamada de sala vermelha, onde o pai dele recebia atendimento.
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A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) informou que vai se manifestar posteriormente.
"O diretor, que eu não sei o nome, pediu que o meu esposo saísse. E o Leandro falou assim: 'Você espera a minha irmã chegar? Quando a minha irmã chegar, eu saio'. Aí ele [diretor] disse: 'não, você tem que sair agora' e chamou o segurança", relatou ainda no local.
Leandro aguardou a irmã Sabrina Souza de Araújo chegar para ficar com o pai. Porém, o funcionário do hospital voltou a avisar que eles não poderiam ficar na área, que é restrita, e os orientou a esperar na recepção.
A família alega que um médico foi quem orientou Leandro e os parentes a acompanharem o paciente dentro do hospital. Ainda conforme a mulher, os ânimos continuaram acirrados e um vigilante puxou Leandro pela camisa após ele e a irmã não aceitarem sair do local.
Eles foram, ainda segundo Maria Francisca, para frente do PS ficar com outros familiares que aguardavam notícias. Contudo, a situação não se acalmou e um segurança alegou que Leandro o estava ameaçando e acionou a Polícia Militar.
"Tiraram eles dois de lá. Arrastaram ele aqui pra fora e o Leandro falou que não era pra fazer isso porque é um cidadão de bem. Deixaram ele aqui na frente e ficamos aqui. Meu marido em nenhum momento chegou perto do segurança, tem câmera aqui e dá pra vê", afirmou.
Caso mobilizou forças de segurança na noite desta sexta-feira (19)
James Pequeno/Cedida
Disparos
Segundo a alegação da mulher, os policiais chegaram cerca de uma hora depois no hospital e foram conversar com a família. O servidor do PS que tinha pedido para que Leandro e Sabrina saísse da sala vermelha também se aproximou e começou a explicar o que tinha acontecido.
De acordo com a cozinheira, os PMs se alteraram, houve uma discussão com Sabrina e ela acabou recebendo voz de prisão. A família pediu que ela não fosse levada e a discussão continuou. Neste momento, segundo a família, um dos policiais puxou a arma e disparou.
"Minha cunhada estava explicando a situação, o policial tentou levar ela e meu esposo pediu calma, que não levassem ela que não tinha feito nada. Peguei meu celular para filmar e o policial disse pra eu não filmar e puxou a arma pra mim e disse que ia atirar em mim. Levantou a arma e atirou pra mim, nesse momento o outro policial já atirou também", recordou.
Confusão mobilizou várias PMs no Pronto-Socorro de Rio Branco
Arquivo/James Pequeno
Ainda conforme a família, Leandro e Felipe foram baleados na altura da cintura e Diego na perna. "Estão fazendo cirurgia agora, estão lá internados, gritei desesperada atrás de um médico. Levaram minha cunhada presa, meu esposo estava com meu sogro desde 11h. Estamos aqui desesperados", criticou.
A cozinheira criticou a abordagem da PM na ação. "A polícia tem que ouvir as duas partes, somos pessoas de bem, não matamos e nem roubamos. Um policial de bem não aborda um civil dessa forma, tem que chegar e saber conversar, ouvir as duas partes", finalizou.
VÍDEOS: g1
Contudo, a situação não se acalmou e um segurança alegou que Leandro o estava ameaçando e acionou a Polícia Militar.
